segunda-feira, janeiro 15, 2007

REGRESSO

Caros Amigos,

O Ventosga teve o seu tempo, o Mar Adentro também.
Decidi regressar ao Ventosga, que chamarei agora de MAR ADENTRO VENTOSGA.
Lá encontrarão os textos de novo que me for lembrando de escrever.
O MAR ADENTRO vai manter-se, até para evitar abusos como o que aconteceu ao Ventosga quando o encerrei, e para recordar os textos que aqui foram sendo arquivados.
VIVAM OS VENTOSGA E O MAR ADENTRO

R O U B O



Os factos e a História,

A Barra de Aveiro foi aberta, como hoje a conhecemos, em 1808.
Uns anos depois, a meados do século XIX foi criada a primeira Administração do Porto de Aveiro, com outro nome nessa época.
Este organismo tomou posse de todos os terrenos ribeirinhos, que administrou até há 2 anos atrás.
Excepcionavam-se as propriedades que à data da constituição da primeira "APA" já se encontravam registados, de que é exemplo a Barra e a Costa Nova.

Não sei se no resto do País há casos idênticos, mas em Aveiro, de Ovar a Mira, a esmagadora maioria dos terrenos ribeirinhos, habitações, apartamentos, clubes desportivos, estabelecimentos comerciais, pagavam anualmente uma taxa à APA.

Em 2004 entendeu-se que as administrações portuárias se deviam dedicar ao seu negócio principal, que é a gestão dos portos. Retirou-se então à sua "jurisdição" as áreas ribeirinhas fora das zonas portuárias.

No caso da Ria de Aveiro, a APA ficou com a área limitada no canal de Ovar pelos estaleiros de S. Jacinto, na Cale da Vila pelo Sporting de Aveiro, no canal de Mira pela ponte da Barra e no rio Boco pela ponte da A25.
Tudo o resto passou para o Ministério do Ambiente.

Em 22 de Novembro de 2006 o Ministro assina e publica o despacho 25522/2006 em que estabelece as taxas a pagar ao Ministério do Ambiente.
As habitações e os Clubes desportivos estão, no entender da CdRCC (o organismo que localmente gere as cobranças), no escalão dos € 10,00 por metro quadrado, por ano.

Para além de ser uma taxa injusta, pois as habitações, por exemplo, já pagam o IMI, representa um aumento brutal ao que já se pagava à APA.
No caso das habitações estamos a falar de casas, primeira habitação, completamente legais, devidamente licenciadas e pagadoras de IMI, ocupadas há gerações pelas famílias.
Não se trata de habitações de luxo que teriam de pagar pelo privilégio de estarem à beira-ria.
No caso dos clubes desportivos trata-se de organismos com funções sociais importantes e sem fontes de receita para este aumento brutal, injustificado e feito por quem parece nem imaginar onde fica a Ria de Aveiro.

Como exemplos refira-se:
a AVELA pagava € 650,00 / ano, vai passar a pagar € 16.500,00
o Clube dos Galitos/Remo pagava € 250,00 / ano, vai pagar € 35.000,00
o Clube de Vela da Costa Nova pagava € 350,00/ano, vai pagar € 210.000,00
Um vizinho meu, habitação própria, para além do IMI, pagava € 150,00/ano, vai pagar € 6.000,00

É esta a situação.
Da minha parte, se as coisas ficarem desta maneira, vou colocar o Veronique em Baiona e esqueço a bandeira nacional.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

S O C O R R O

Socorro, o Bolha Bubbles saíu com o veleiro mais lindo do Universo, o Veronique, já recebi 4 may days dele, já partiu e provocou sérios estragos em cinco outros veleiros a sair do trapiche da Lota Velha, e vai regressar dentro de 30 minutos.
Prevê-se que abalroe e afunde todo o trapiche ao atracar, os veleiros que restavam já fugiram.
Recomendo o devido resguardo.

Senhora da Saude












Com a devida vénia ao Nós e o Mar publico aqui esta fotografia do Senhora da Saude, o segundo navio onde o meu Pai embarcou, com o Capitão Namorado.
Como curiosidade ajustada à informação do Nós e o Mar refira-se que o meu Pai chegou ao Porto, no fim dessa viagem, a 2 de Outubro de 1951, tendo este lugre naufragado na Groenelandia com agua aberta, em 1952, isto é, na campanha imediatamente a seguir.
Ás tantas se ele não tivesse ido para o Santa Maria Madalena agora não estavam os meus amigos aqui a aturarem-me.
Pois.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Há sempre uma primeira vez

















Apesar de todos nós já termos umas ‘milhecas’ de Mar, foi a primeirinha das vezes que navegámos tantos numa só embarcação. Nós, os da Avela.
E foi giro.

A Vera Cruz é uma excelente embarcação, comoda e facil de governar, pelo que a viagem desde Aveiro até Lisboa foi muito agradável.
Infelizmente o vento não ajudou e, como o tempo de chegar não era muito, meteu-se máquina a fundo e só paramos na baía de Cascais para fundear e passar a noite.
Comeu-se bem e navegou-se melhor.
O Comandante João Lúcio conduziu com maestria os 21 marinheiros a bordo, bem organizados nos nossos quartos e nas nossas tarefas.
Às 0200 de domingo procurávamos local para fundear em Cascais, manobrou-se e largou-se ferro.
Às 0900 de domingo suspendemos e subimos o Tejo, contra agua e no meio do nevoeiro.
O Milhas Náuticas fez a fotografia do nevoeiro que ofereceu.
Ao almoço, na Associação Naval de Lisboa, contamos também com a presença do Comandante José Inácio.
Regressamos depois de Alfa, da minha parte com um fedor dos demónios, fruto de 3 dias com a mesma roupa e sem tomar banho.
Havemos de navegar juntos mais vezes, eu e o fedor, e também eu e a rapaziada.