sexta-feira, setembro 22, 2006

O pontão de Olhão

A minha passagem pela marina/porto de recreio de Olhão foi objecto de umas considerações num post anterior.
Passei por lá em Agosto passado, a marina/porto de recreio tinha uns bons 500 lugares, dos quais metade estavam livres.
A água e a electricidades estavam desligadas e a porta de entrada para os pontões estava escancarada por estar avariada.
O cheiro a esgoto era intenso, devia existir alguma descarga por perto.
Atraquei num dos lugares livres e procurei a recepção ou alguém responsável, a minha intenção era sómente passar ali a noite e sair logo de manhã, eram cerca das 1500.
Apareceram dois solícitos funcionários do IPTM que me obrigaram a sair imediatamente.
De nada valeu dizer que sairia logo de manhã, que pagaria, como é lógico, o que me pedissem, nada demoveu o zeloso IPTM.
À argumentação de que o lugar que ocupava tinha dono, respondi que me indicassem então outro e que, se o dono aparecesse, eu sairia imediatamente. Nada demoveu o zeloso IPTM.
Devo dizer que os funcionários lamentavam, aparentemente, o que estava a acontecer, e que, à minha frente, ainda telefonaram para uma doutora qualquer que mandava naquilo, mas a resposta foi firme, o Veronique tinha de sair e já.
Linda resposta, tanto mais que outros veleiros, estrangeiros, nas mesmas circunstancias, por lá foram ficando.


Soube agora que uns amigos que lá tem um lugar para um veleiro, tendo o encalhado para manutenção, ocuparam o lugar com um pequeno barco, também deles. O zeloso IPTM escreveu-lhes a pedir mais dinheiro, pois o barco que ocupava o lugar não era o mesmo que estava inscrito na marina/porto de recreio.

Lindo e justo este critério tipicamente politicó-corruptó-autarquicó-xulo. Triste País este de marinheiros, dizem, que têm gente desta a mandar num instituto que gere as coisas do Mar. Será que essa gentalha sabe onde é o Mar, alguma vez o viram??????

Que diferença para o pontão da Avela, este feito com o dinheiro dos sócios e não como o do IPTM de Olhão, que o fizeram com o dos Portugueses.

NUNCA um veleiro ficou sem lugar no nosso pontão, sem todo o apoio que precisasse, sem a nossa companhia, sem as nossas caldeiradas, OFERECIDAS, sem os nossos presentes e recordações. Leiam, senhores do IPTM o que a Bateaux, a Voile et Voiliers e a Macmillan Reeds dizem a respeito de Aveiro e da Avela.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

eu se fosse a eu escrevia para o portal do governo, jornais etc e não chamava nomes feios a eles que pode dar uma chatice daquelas

11:59 da manhã  
Blogger CELTA MORGANA said...

Coitados...
Pagaram um dinheirão e não têm água nem luz...

Para além do cidadão comum que foi enganado quando pagou impostos, houve gente que está a ser a arder em plena água...
EH. EH. Eh.

4:02 da tarde  
Blogger Julio Quirino said...

Acho que nos dias de hoje, ser funcionário do IPTM, equivale ao estatuto dos funcionários da antiga Pide/DGS, ou seja, existem só para nos chatear e se forem extintos ninguém verterá uma lágrima que seja!

É triste viver num país de funcionários públicos que não servem o público que lhes paga o ordenado ao fim do mês...

10:30 da tarde  

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